𖤐★⁺ ⊹˙★⁺ Luana Hymans⁺ ★ ⊹˙★𖤐
PESQUISA
Portifólio 2025
A pesquisa investiga como a geração millennial se relaciona com as imagens no mundo contemporâneo, incorporando influências visuais de diferentes épocas. Por meio de pinturas em técnica mista — tinta acrílica e óleo sobre tela —, o trabalho propõe uma reflexão sobre como essas imagens se acumulam, retornam e se reconfiguram no imaginário coletivo.
Inspirada pela ideia de “sobrevivência das imagens”, desenvolvida por Georges Didi-Huberman a partir de Aby Warburg, existe uma reflexão sobre a maneira como fragmentos visuais de diferentes épocas persistem, se transformam e retornam no presente. Suas pinturas incorporam essas sobrevivências como ruínas sensíveis, revelando tensões entre lembrança e esquecimento.
Tendo vivenciado a transição do mundo analógico para o digital, desenvolve uma relação ambígua com as imagens: onipresentes, mas desgastadas pela repetição. As obras abordam tanto a preservação quanto a atualização das memórias, já que as reformula, descontextualizando-as e atribuindo-lhes novos significados por meio da linguagem pictórica.
Recursos como o brilhos, superfícies reflexivas, e cores saturadas que podem ao mesmo tempo serem associados a momentos alegres, e boas memorias aqui também aludem à estética da superexposição contemporânea, evidenciando o quanto o excesso de estímulos visuais pode levar à exaustão sensorial.
Em essência, a pesquisa busca compreender de que forma as imagens continuam a exercer relevância no presente, ao mesmo tempo que investiga o que foram — e o que ainda são — as faíscas que essa geração vislumbrou. Como sugere o dito popular, “nem tudo o que brilha é ouro”; o trabalho se apresenta como a materialização do que resta quando o futuro que chega não corresponde às promessas feitas. A pintura, nesse contexto, emerge como um instrumento crítico e sensível, explorando as relações entre persistência e ruina das imagem em um mundo marcado pela reprodução incessante.
